Foral Manuelino de Oleiros
O estudo sobre o foral manuelino de oleiros, encomendado pela Câmara Municipal por ocasião das comemorações dos 500 anos (em 2013) da sua concessão à vila, veio trazer para o terreiro da discussão histórica concelhia a existência de um foral velho.
De facto, desde o início do século XVIII, vários autores tinham referido a sua existência e, pese embora as notícias vagas e imprecisas então adiantadas, tais testemunhos constituíam um ponto de atracção e dúvida para os historiadores (ou simples curiosos) que dedicam (ou dedicaram) atenção à história oleirense. Esses estudos situavam as fronteiras temporais deste documento entre os anos de 1232 e 1350 (em 1244 é citado no de Proença a Nova). O estudo minucioso e comparativo das duas cópias do foral manuelino, ou foral novo, e o registo da chancelaria (na Torre do Tombo) permitiu reconstituir a mais fidedigna prova da sua existência, bem como fazer recuar e delimitar aos anos de 1203 a 1206, do reinado de D. Sancho I, a outorga do foral velho à vila de Oleiros.
Se outros méritos não tivesse este estudo, bastava esta nova luz lançada sobre as origens da vila de Oleiros para encarecer a sua grande pertinência e importância. Ora, mas o estudo dedicado ao foral manuelino abraça a tarefa de esclarecer e esmiuçar as questões relativas a esta importantíssima reforma administrativa, sem descurar, obviamente, o contexto especial de que a vila de Oleiros gozava: isto, é, ser uma Comenda da Ordem Religiosa e Militar de S. João de Jerusalém ou de Malta, inserida no Priorado do Crato — de que a sua administração religiosa, jurídica e civil, em grande parte, dependia.
Género: História Regional
N.º de Páginas: 224
Autor: Leonel Azevedo
Edição: Câmara Municipal de Oleiros
Ano de Publicação: 2013